sábado, 12 de maio de 2012

APLB e CNTE se reúnem com MEC e pedem apoio para resolver greve

O coordenador geral da Associação dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB), Rui Oliveira, se reuniu na manhã de hoje (11) com o Secretário de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase) do Ministério da Educação (MEC), Arnóbio Marques, e com o diretor de Valorização dos Profissionais de Educação, Antônio Lambertucci. Acompanhado pela Secretária Geral da CNTE, Marta Vanelli, o professor Rui relatou a situação da greve dos professores da rede estadual Bahia, que já dura 31 dias, e solicitou o apoio do MEC para a resolução do impasse com o governo.
A coordenador da APLB informou ao secretário do MEC sobre o descumprimento, por parte do governador Jacques Wagner, do acordo assinado com a categoria em novembro do ano passado, no qual o governo se comprometia a reajustar os vencimentos dos professores com base no índice definido pelo MEC até 2014. Com a divulgação do percentual de 22,22% em fevereiro deste ano, o governador voltou atrás e fez uma nova proposta: dividir em duas vezes o acordo assinado em 2011, sendo que a primeira parcela seria paga em novembro deste ano e a segunda em abril de 2013. A categoria não aceitou e entrou em greve.
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"Estamos no 31° dia de greve, sem perspectiva de término, e o governo não quer sentar conosco para discutir o movimento. Este mês o contracheque dos professores veio zerado. É a primeira vez que isso acontece", relatou o professor Rui.



O Secretário Arnóbio Marques afirmou ao coordenador da APLB e à secretária geral da CNTE que o MEC está sensibilizado com a causa dos educadores baianos, e que tentará dialogar com o governo estadual, para estimular a reabertura das negociações e o alcance do consenso entre as partes.

O professor Rui Oliveira considerou a reunião produtiva. "Acredito que essa reunião vai contribuir na resolução do problema, uma vez que a CNTE e o MEC tem um peso muito grande. Com essa intermediação, considero que daqui para frente poderemos ver uma luz no final do túnel. Esperamos que a categoria possa sentar à mesa e discutir com o governo os rumos do movimento", afirmou. (CNTE, 11/05/12)

CNTE critica divulgação de Ideb pelas escolas

A secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marta Vanelli, criticou o Projeto de Lei 1530/11, que obriga as escolas de ensino básico a divulgar, em placas afixadas na porta dos estabelecimentos, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da escola. O projeto está sendo discutido em audiência pública na Comissão de Educação e Cultura.
Segundo ela, o Ideb não é recurso de avaliação dos estabelecimentos da educação do País, e sim um instrumento de diagnóstico. Na visão dela, a divulgação do índice, como prevê a proposta, vai servir para "tirar o aluno da escola pública e levá-lo para a escola particular", o que seria prejudicial ao sistema educacional como um todo. "Temos que ter escolas boas para todos, não importa onde esteja a escola."
"Fixar a placa na frente de uma escola é lembrar a criança todos os dias que ela está em uma escola ruim", disse. Além disso, para ela, a ideia nas entrelinhas do projeto é de que "escola tem que melhorar" independentemente se recebe condições financeiras para isso. "E qual é a responsabilidade do gestor público, como os secretários municipais e estaduais, nesse esforço?", questionou.
Marta defendeu a formulação de um instrumento completo de avaliação da escola, que inclua, por exemplo, as condições estruturais em que a escola está inserida.
Esclarecimentos
O diretor de Estatísticas Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Carlos Eduardo Sampaio, esclareceu que o Ideb aponta apenas se o aluno passou de ano e se tem as competências adequadas em português e matemática para o seu ano escolar. Segundo ele, o Ideb é uma referência da qualidade da escola, mas não é completo e não engloba todos os indicadores de qualidade.
Ele afirmou que o site do Inep já divulga os resultados do Ideb. Além disso, um boletim com os resultados é enviado a cada escola.
A audiência ocorreu no Plenário 10.
(10/05/12 Agência Câmara)

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Prefeitura de Pindamonhangaba abre concurso para Professores

A Prefeitura de Pindamonhangaba abriu no último dia 08 inscrições para concurso público para provimento de 20 vagas de Professor de Educação Infantil, jornada de 20h, e Professor de Ensino fundamental I, jornada de 30 horas, além do cargo de Professor de Educação física , jornada de 30 horas, sendo para essa especialidade 05 vagas. Os vencimentos são consequentemente de Infantil:  1.598,65 ;Fundamental: 1.918,3 e 1.918,37 . as inscrições devem ser feitas pelo site da prefeitura http://www.pindamonhangaba.sp.gov.br/concursos.asp ou pelo site da empresa que realizará o concurso http://www.makiyama.com.br/ e terminam no dia 19 de Maio.

Prefeitura e Estado prepararam concursos para PEB II

A Secretaria de Estado da Educação anunciou que seu próximo concurso para professor de educação básica (PEB) II será aberto no segundo semestre. O anúncio veio após reportagem do jornal Folha de S. Paulo que apontava que 32% das escolas da rede estadual de ensino, na capital paulista, sofrem com a falta de docentes. A Secretaria de Estado da Educação, entretanto, declarou que o déficit de professores é de 0,6% em todo o Estado. O pedido de autorização ainda será encaminhado para apreciação do governador Geraldo Alckmin. Já a Prefeitura de São Paulo liberou a contratação de 2.208 PEB II pela Secretaria Municipal de Educação.  Com os dois concursos no horizonte, 2012 será um dos melhores anos para professores que buscam conquistar uma vaga efetiva na rede pública de ensino.
Segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), atualmente a rede estadual conta com 74.415 PEB II não efetivos de um total de 160.160 profissionais na ativa. “Há problemas em quase todas as disciplinas. A maior lacuna é de professores de artes. A segunda é de geografia, mas também é grande o número de escolas em que faltam professores de matemática, língua portuguesa, história e física”, apontou  Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente do sindicato.
O último concurso da categoria foi realizado em 2010 e contou com 10.083 oportunidades para todas as disciplinas. Os salários iniciais, à época, eram de R$ 549 (jornada de 12h semanais), R$ 1.100,92 (24h), R$ 1.376,14 (30h) e R$ 1.834,85 (40h).
Prefeitura – A seleção municipal irá selecionar 2.208 professores de todas as matérias. Os candidatos devem ter formação de nível superior do tipo licenciatura  plena, com habilitação específica para cada disciplina. Haverá oferta de postos para todas as áreas. O salário inicial é de R$ 1.950 para jornada de 30 horas semanais, mais benefícios como auxílio-alimentação, sendo vale-alimentação no valor de R$ 234 e auxílio-refeição de R$ 12,29/dia; auxílio-transporte e, de acordo com a localização da unidade escolar, gratificação de difícil acesso.
A SME informou que em breve será instituída a comissão organizadora, composta por membros das pastas de Educação e Planejamento, que dará início aos trâmites legais para abertura deste concurso, como a escolha da empresa que irá aplicar as provas. Ainda não há posição oficial quanto à data da publicação do edital.
Engenheiro agrônomo – A SME também realizará concurso público para o preenchimento de quatro vagas de engenheiro agrônomo para o Departamento de Merenda Escolar. O salário inicial é de R$ 3.107,40, sendo R$ 1.838,47 o salário padrão e R$ 1.286,93 referente à gratificação de desempenho de atividade, para jornada de 40 horas semanais. Os aprovados ainda farão jus a auxílio-refeição de R$ 12,29 por dia e auxílio-transporte de até R$ 153,69. Em breve a comissão será instaurada e a secretaria se posicionará quanto à escolha da organizadora e lançamento do edital.
Aline Viana/SP

Debate e coquetel comemorativo dos 10 anos do Portal Vermelho

Portal Vermelho completa 10 anos. Uma obra coletiva que se constrói diariamente na luta pela democratização dos meios de comunicação e para proporcionar informação verdadeira e de qualidade. Um veículo da luta de ideias em nome de alternativas políticas de esquerda, patrióticas, anti-imperialistas, democráticas e socialistas.

Venha comemorar o nosso 10º aniversário participando do debate e coquetel comemorativo. Dia 1º de junho, 19 horas com Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada, Joaquim Palhares, da Carta Capital e José Reinaldo Carvalho, do Portal Vermelho no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, rua Genebra, 25 em São Paulo
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Dilma: creches diminuem desigualdades entre ricos e pobres

A presidenta Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (11) que investir em creche é a chance que o país tem de enfrentar “na raiz” o problema da desigualdade entre ricos e pobres. Ela anuncia na segunda-feira (14), em cerimônia no Palácio do Planalto, ações nas áreas de saúde e educação, como vagas em creches, além da ampliação do Programa Bolsa Família.


“ Na creche você vai garantir acesso aos melhores estímulos. Lá, a criança vai ter estímulos pedagógicos, vai ser despertada nela a curiosidade, todas aquelas qualidades que depois vão ser impontantes para ela enfrentar a disputa no mercado de trabalho”, disse, em Betim (MG), durante cerimônia para inauguração de uma escola de educação infantil. No domingo (13), Dia da Mães, a presidenta fará pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV.

No discurso em Betim, Dilma destacou o papel das creches na criação de melhores oportunidades. “Um país tem que ser medido pelo que ele faz pelas suas crianças, dando oportunidades iguais a elas. O grande caminho da inclusão é a educação e ai a creche é o grande vestibular no qual a criança entra e garante uma vida de oportunidades maior.”

Além do lançamento de uma escola de educação infantil do Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), do governo federal, a cerimônia marcou também a entrega de 1.160 unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida. Ao falar sobre o Minha Casa, Minha Vida, Dilma disse que, sem o programa, as pessoas que ganham um salário mínimo não conseguiriam adquirir uma casa própria. "Era impossível alguém comprar casa nesse Brasil se ganha até um salário mínimo, porque a equação não fecha.”

O Proinfância tem como meta a construção de 6 mil creches até 2014. Segundo o Ministério da Educação, foram firmados mais de 1,5 mil convênios no ano passado, no entanto, as creches ainda não estão prontas. Atualmente, menos de 20% das crianças até 3 anos estão matriculadas em creches, sejam elas públicas ou privadas.

Fonte: Agência Brasil

Educação rejeita beneficiar estudante do nível médio com bolsa do Prouni

A Comissão de Educação e Cultura rejeitou, na quarta-feira (9), o Projeto de Lei 7700/06, do Senado, que estende o atendimento do Programa Universidade para Todos (Prouni) aos estudantes beneficiados com bolsa parcial no ensino médio privado.
Pela proposta, o atendimento ocorrerá na eventualidade de bolsa excedente e deverá ser regulamentado pelo Ministério da Educação, observada a devida proporcionalidade com o tempo ou percentual de estudos gratuitos.
O relator, deputado Waldenor Pereira (PT-BA), apresentou parecer pela rejeição da proposta e dos demais projetos apensados. Ele argumentou que em razão dos valores elevados envolvidos na renúncia fiscal referente ao programa e ao grande número de estudantes que anualmente têm procurado o Prouni não é conveniente a mudança proposta para o programa. Segundo o parlamentar, foram 2 milhões de inscrições em 2011.
“Insistimos na manutenção da proposta original, que já possui um bem definido e claro quadro normativo, já aprimorado pelas contribuições, inclusive parlamentares, recentemente introduzidas”, afirmou.
Tramitação 
O projeto, que está sujeito à apreciação do Plenário, ainda será examinado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Finanças aprova regulamentação das universidades comunitárias

A Comissão de Finanças e Tributação aprovou, na última quarta-feira (9), o Projeto de Lei 7639/10, da deputada licenciada Maria do Rosário, que regulamenta o funcionamento das Instituições Comunitárias de Educação Superior (Ices). O texto também permite a assinatura de parcerias entre o Poder Público e essas entidades.
Os integrantes do colegiado acolheram o parecer do relator, deputado Cláudio Puty (PT/PA). Segundo ele, o projeto “não provoca alteração às receitas e despesas públicas, já que possui caráter meramente normativo na instituição de formalidades e definição de prerrogativas para as ICES”.
Ele afirmou ainda que, como o projeto não afeta o Orçamento, não cabe pronunciamento da comissão quanto à adequação financeira e orçamentária da proposta.
Conforme o texto, a instituição, para ser considerada comunitária pelo Ministério da Educação, deverá cumprir alguns requisitos, como: não ter fins lucrativos; ser constituída na forma de associação ou fundação de direito privado; manter escrituração transparente de receitas e despesas; destinar seu patrimônio a instituição pública ou congênere, em caso de extinção; aplicar integralmente os recursos em seus objetivos institucionais; e desenvolver permanentemente ações comunitárias.
A Comissão de Finanças não analisou o mérito da proposta, apenas sua admissibilidade (adequação financeira e orçamentária).
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, já foi aprovada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Educação e Cultura; e Finanças e Tributação. Agora, segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Apenas 11% dos alunos sabem matemática ao fim do ensino médio, mostra anuário

O Anuário Brasileiro da Educação Básica-2012 mostra que o nível de aprendizagem entre estudantes brasileiros ainda é muito baixo, especialmente de matemática. Em 2009, apenas 11% dos alunos brasileiros mostram proficiência esperada na disciplina ao chegar ao 3º ano do ensino médio.
O lançamento do anuário aconteceu nesta quarta-feira (9) na Comissão de Educação e Cultura da Câmara. Formulado pelo movimento Todos Pela Educação – que congrega sociedade civil organizada, educadores e gestores públicos em torno do direito à educação básica de qualidade – em parceria com a Editora Moderna, o anuário é um panorama do setor, com compilação de análises e dos dados oficiais mais recentes.
De acordo com o Todos pela Educação, para que a educação do Brasil atinja o patamar dos países desenvolvidos até 2022, a meta é que 70% ou mais dos alunos tenham aprendido o que é adequado para a sua série em cada disciplina.
“Mesmo nos estados mais ricos e com investimento maior em educação, o nível de aprendizagem dos estudantes brasileiros é baixo, principalmente no ensino médio e especialmente em matemática”, aponta a diretora-executiva do Todos Pela Educação, Priscilla Cruz. No Sudeste, por exemplo, apenas 13,7% dos alunos alcançam desempenho adequado em matemática ao fim do 3º ano do ensino médio. Na Região Norte, esse percentual é de apenas 4,9% dos alunos.
Para ela, é importante que o País tenha um projeto claro que impulsione o aprendizado da disciplina. “A matemática é fundamental para se ter uma população preparada para o século XXI”, diz Priscilla. Ela destaca que o poder de compra da sociedade brasileira está crescendo, inclusive na classe D e E. “Estamos formando uma classe consumidora que não sabe fazer conta”, observa.
Mais jovens formados
A diretora do Todos pela Educação destaca, como positivo, o dado de que mais jovens têm se formado no ensino médio. Em 2009, o percentual de jovens de 19 anos que concluíram o ensino médio era de 50,9%; em 2003, esse percentual era de apenas 43,1%. “Mas o ritmo ainda é lento”, afirma Priscilla. “Estamos conseguindo avançar, mas não da forma que o País precisa e que os jovens precisam para atuar de forma cidadã e consciente”.

Essa também é a visão do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Segundo ele, o anuário mostra que o Brasil está melhorando no setor de educação, mas não está melhorando em velocidade suficiente para enfrentar “as exigências educacionais do mundo moderno”.
Outro dado relevante contido no anuário é a desigualdade educacional no Brasil. “Essa desigualdade educacional é berço da desigualdade socioeconômica do País, que é muito naturalizada, infelizmente”, ressalta Priscilla. “O brasileiro acha natural oportunidades diferentes entre classes sociais diferentes, regiões, raças, idades – e isso tem que ser desnaturalizado.”
Um exemplo dessa desigualdade é o próprio percentual de jovens de 19 anos que concluíram o ensino médio. Se na região Norte essa taxa era de 39,1% em 2009, na Região Sudeste o percentual era de 60,5%.
Beto Oliveira
Tema: Lançamento do Anuário Brasileiro da Educação Básica - 2012. mesa: Cesar Calegari (secretário de Educação Basica do MEC)
Callegari: ainda há um enorme caminho a ser percorrido.
Para o secretário nacional de Educação Básica, Cesar Callegari, o anuário é uma fotografia da educação brasileira, que mostra evoluções, mas também “o enorme caminho a ser percorrido para se chegar à educação de qualidade para todos no País”. Callegari elogiou o movimento organizado da sociedade, que está ajudando a formar um pacto social pela educação de qualidade. Segundo ele, a base desse pacto é o Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10 ). “O plano precisa ser votado; não podemos deixar que a discussão do plano fique reduzida ao financiamento da educação”, disse.
Royalties para educação
Na Comissão Especial do PNE, a votação tem sido atrasada pela polêmica em torno do percentual do Produto Interno Bruto (PIB) a ser investido na educação. Hoje, a União, os Estados e os municípios investem juntos o valor de 5% do PIB no setor. No texto original do PNE, o governo sugeria 7%. Já o relatório do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR) prevê 8% de investimentos totais em educação; enquanto entidades da sociedade civil e outros deputados pedem investimento de, pelo menos, 10% do PIB em até dez anos.

Beto Oliveira
Tema: Lançamento do Anuário Brasileiro da Educação Básica - 2012. dep. Newton lima (PT-SP)
Para Newton Lima, é primordial se discutir de onde virão os recursos para investimento.
De acordo como secretário de Educação Básica, a porcentagem deve ser resolvida pelo Congresso Nacional. “Mas temos que ter a consciência de quanto o Brasil dispõe”, opinou. “Há muitas outras formas de avançar, melhorando a eficácia e eficiências dos recursos que temos hoje, e o PNE aponta várias dessas direções”, completou.
Conforme o presidente da Comissão de Educação, deputado Newton Lima (PT-SP), é primordial discutir de onde virão os recursos para investimentos na educação – “seja esse investimento de 8%, 9% ou 10% do PIB”. O deputado defende que 50% dos royalties do petróleo sejam destinados para as áreas de educação, ciência e tecnologia. A iniciativa já foi acatada pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), relator do projeto sobre as novas regras de distribuição dos royalties do petróleo. Lima pediu mobilização da sociedade civil para que os deputados aprovem a proposta.
Estudantes de vários estados do Brasil promoveram nesta quarta-feira na Câmara ato em defesa da aprovação imediata PNE. Trata-se da campanha PNE Já! – 10% do PIB em Educação e 50% dos Royalties e do Fundo Social do Pré-Sal para Educação, Ciência e Tecnologia.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Lara Haje 
Edição- Mariana Monteiro

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Crack, é possível vencer!

http://www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack/home

Divulgação do Ideb na entrada das escolas divide opiniões

O Projeto de Lei 1530/11, que obriga as escolas a divulgar o seu Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), dividiu opiniões nesta quinta-feira (10) na audiência pública da Comissão de Educação e Cultura que discutiu o assunto. Pela proposta, o índice deverá ser divulgado em placas de um metro quadrado afixadas na porta dos estabelecimentos.
Enquanto alguns especialistas defenderam que a divulgação ajudará a impulsionar a melhoria da qualidade das escolas, outros alegaram que a iniciativa poderá causar constrangimento para alunos e professores. O relator do texto, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), acredita ser necessário melhorar a difusão do real desempenho dos estabelecimentos de ensino. “Precisamos melhorar a publicidade do índice sem que a sociedade se sinta agredida”, avaliou. “A comunidade deve conhecer a qualidade da escola e deve poder intervir”, complementou.
Criado em 2007, o Ideb possui uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos sobre a qualidade da educação: a aprovação e a média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de performances nas avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e a Prova Brasil. Atualmente, o site do Inep divulga os resultados, que também são enviados em formato de boletim para cada colégio.
Envolvimento da comunidade
O especialista em educação Gustavo Ioschpe defendeu o direito dos pais de saber o real potencial da escola de seus filhos. “Precisamos do envolvimento da comunidade para que a educação brasileira tenha salto de qualidade”, justificou. De acordo com o pesquisador, os pais não sabem avaliar os estabelecimentos. Além disso, ele ressaltou que a difusão do Ideb pode auxiliar a reconhecer e prestigiar os diretores e professores que obtêm ótimos resultados. “Os profissionais da educação precisam de reconhecimento público.”
Alexandra Martins
Tema - PL 1530/11, que obriga os estabelecimentos de ensino básico do país a divulgarem o índice IDEB. Gustavo Ioschpe (especialista em educação)
Gustavo Ioschpe: “O que constrange é a má qualidade do ensino, e não a sua divulgação”.
A subsecretária de Educação do Rio de Janeiro, Helena Bomeny, também é favorável à proposta. Ela informou que, no estado, a divulgação do Ideb em placas nas escolas já foi implementada. “Sem divulgação de índice de qualidade, o colégio não vai procurar melhorar”, disse.
Constrangimento aos alunos
Para a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Rodrigues Repulho, no entanto, afixar na porta da escola o Ideb é “cruel” e ajuda a estigmatizar os alunos. “Isso é carimbar na testa das crianças que elas são pobres, negras, vivem em lugares distantes e ainda estudam na pior escola”, opinou. Para ela, a iniciativa também fará com que os professores não queiram trabalhar nas instituições com índices ruins. Cleuza propôs a divulgação livre do índice pelos estabelecimentos, seja na reunião de pais ou em cartazes no colégio.
“A placa vai lembrar a criança todos os dias que ela está em uma escola ruim”, reiterou a secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marta Vanelli. O argumento foi rechaçado por Ioschpe: “O que constrange é a má qualidade do ensino, e não a sua divulgação”.
Por sua vez, Marta Vanelli sustentou que, nas entrelinhas do projeto, está a ideia de que a escola tem que melhorar, independentemente se recebe recursos para isso.
Ranking
A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) criticou a proposta em análise. Na opinião dela, as placas vão gerar um ranking entre as escolas. “A avaliação tem de ser instrumento de mudança, e não de constrangimento”, opinou. Segundo Dorinha, a divulgação deve ser interna, para os professores, pais e o restante da comunidade, a fim de gerar melhorias no ensino.
O deputado Izalci (PR-DF) também é contrário às placas, mas ressaltou a necessidade de definir um instrumento que permita informar os pais sobre a real qualidade da escola dos filhos.
Critérios do Ideb
O representante do Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed), Claudio Cavalcanti Ribeiro, destacou que o contexto socioeconômico em que a escola está inserida não é levado em conta no Ideb. “Temos alunos no Pará que passam três horas e meia para chegar à sala de aula e três horas e meia para voltar”, destacou Ribeiro, que também é secretário de Educação do Pará. Conforme ele, o que deve ser discutido, neste momento, é o financiamento da educação pública do País.
O diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Eduardo Sampaio, esclareceu que o Ideb funciona como uma referência da qualidade da escola, mas não é completo e não engloba todos os indicadores de excelência.
Agência Câmara de Notícias'
Reportagem – Lara Haje 
Edição – Marcelo Oliveira


Plano Nacional de Educação pode ir a Plenário, avaliam deputados

A proposta do Plano Nacional de Educação (PNE - PL8035/10, do Executivo) pode ir a Plenário caso a comissão especial destinada a analisar o projeto aprove a meta de investimento total em educação de 8% do Produto Interno Bruto (PIB). A informação é de deputados da base do governo e da oposição, como Alice Portugal (PCdoB-BA) e Ivan Valente (Psol-SP). O financiamento público do setor é o ponto mais polêmico do PNE, que trata dos objetivos para o ensino do País nesta década.
Os 8% de investimento total, que correspondem a 7,5% de investimento direto na área, foram sugeridos pelo relator da proposta, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR). Atualmente, União, estados e municípios aplicam, juntos, 5% do PIB no setor. De acordo com a proposta inicial do governo, a meta de financiamento do PNE seria de 7% do Produto Interno Bruto em dez anos. Entidades da sociedade civil, no entanto, pedem a aplicação de pelo menos 10% do montante em educação.
Em reunião na comissão especial nesta quarta-feira (9), Vanhoni voltou a defender os 7,5% de investimento direto: “Esse aumento garantiria melhorias importantes e significativas para diversos setores da educação brasileira, desde a creche até a pós-graduação”.

Tramitação
A proposta do PNE tramita de forma conclusiva, ou seja, em regra é votada apenas pela comissão e, se aprovada, segue diretamente para o Senado. Um recurso com 52 assinaturas de deputados, no entanto, pode levar o assunto para o Plenário. Se o recurso for aprovado pela maioria simples dos parlamentares, o projeto perde a sua tramitação simplificada e passa a ter de ser apreciada por todos os 513 deputados.
Alexandra Martins
Reunião Ordinária. Discussão e votação do parecer do dep. Angelo Vanhoni (PT-PR). Dep. Alice Portugal (PCdoB-BA)
Alice Portugal: é possível investir mais em educação.
Segundo Ivan Valente, já há um documento pronto com o número de assinaturas necessárias para o recurso. O deputado acredita que a votação em Plenário facilitaria a aprovação dos 10%. “Indo para o Plenário, vai ser exposto à sociedade para onde vai o dinheiro público; por que não tem dinheiro para a educação e tem para os bancos e a corrupção”, argumentou.

Estratégias 
Antes do recurso, porém, os deputados que defendem os 10% devem tentar aprovar essa meta na comissão especial. A votação do projeto no colegiado está marcada para começar no próximo dia 22 de maio. Valente adiantou que irá apresentar um voto em separado, com nova proposta de projeto de lei. Além disso, mais de uma centena de destaques já foi apresentada ao texto.
Na opinião de Alice Portugal, ainda há chances de aumento da fatia do PIB para o ensino no texto a ser aprovado na comissão especial. “O Brasil vem em curva ascendente no investimento em educação, mas é possível avançar mais. Eu fiz uma conclamação para votarmos os 10% e, se esse índice não passar, vamos a Plenário fazer essa disputa. Mas acredito que o bom-senso prevalecerá”, declarou.

Convocação
Na reunião de hoje, a comissão do Plano Nacional de Educação também rejeitou um requerimento, de Ivan Valente, para votação de convocação do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Os deputados já haviam participado de reunião com Mantega sobre o PNE no último dia 10 de abril. O encontro ocorreu no Ministério da Fazenda, a portas fechadas. Se a convocação fosse aprovada, o debate seria feito na Câmara e aberto ao público. Para o autor do requerimento, esse novo encontro seria “imprescindível para que houvesse efetiva participação popular e visibilidade à discussão sobre a educação e os recursos necessários para o setor”.
De acordo com o presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputado Newton Lima (PT-SP), entretanto, a convocação adiaria a votação do PNE. “Não só estamos atrasados nesta votação, como temos de ter em vista que haverá eleições municipais neste ano e que os novos gestores precisam saber quais a diretrizes que vamos aprovar aqui”, sustentou. A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) também discordou da convocação. Segundo ela, a ida de Mantega à Câmara não garantiria mais recursos para o setor: “É perda de tempo. Nós já sabemos a posição do ministro contra os 10%”.

Sinpro-PE avalia estado de greve

Professores do setor privado de Pernambuco avaliam a possibilidade de decretar estado de Greve. O alerta foi dado na noite de terça-feira (08) em reunião dos diretores do Sindicato dos Professores no Estado de Pernambuco (Sinpro PE).


Caso não haja nenhum avanço na mesa de negociação que acontece na próxima segunda-feira (14), a coordenação de greve estuda levar a proposta ao conjunto dos docentes na assembleia geral da categoria marcada para o dia 22 de maio.

Isso porque, na última mesa de negociação entre professores e patrões realizada segunda-feira (07); o Sinepe, sindicato patronal, rejeitou todas as cláusulas da pauta de reivindicações dos professores aprovada na assembléia realizada no dia 03 de maio, entre elas a unificação do piso salarial, vale-refeição, adiantamento do 13º salário e estabilidade da professora lactante, além da unificação do piso salarial em R$10 a hora/aula, considerada principal bandeira da campanha deste ano.

Segundo a direção do Sinpro-PE, o Sinepe alegou que a atual situação financeira das escolas estaria no limite da capacidade e sugeriu 4,96% de aumento salarial para os professores que já recebem acima do piso nível I ou II. Caso os professores aceitassem a proposição, os níveis Infantil e Fundamental 1 sofreriam um reajuste de 12%, passando de R$ 5,00 para R$ 5,62 a hora aula. Já os que lecionam em nível Médio ou Fundamental 2 o reajuste seria de 10%, passando de R$ 6,40 para R$ 7,04 a hora-aula.

“Estamos percebendo na mesa de negociação que não existe nenhuma pré-disposição da entidade patronal em atender nenhum ponto de nossa pauta. Ano passado mobilizamos muita gente e fizemos uma greve vitoriosa. Este ano estamos com o mesmo sentimento, que é preciso luta e para exigir respeito aos professores”, disse o coordenador geral do Sinpro Pernambuco, Jackson Bezerra.
www.vermelho.org.br

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Deputados manifestam apoio à luta por 10% do PIB para Educação

Os estudantes receberam grande apoio dos parlamentares no ato público que realizaram, nesta quarta-feira (9), na Câmara dos Deputados, em Brasília, reivindicando a destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para educação. A deputada Manuela d´Ávila (PCdoB-RS), a primeira a falar, foi seguida pelos demais oradores, parabenizando e incentivando os jovens a lutarem por mais recursos para educação, o que consideram essencial para o desenvolvimento do país.


Agência Câmara
Deputados manifestam apoio à luta por 10% do PIB para Educação
Deputada Manuela d´Ávila foi seguida pelos demais oradores, parabenizando e incentivando os jovens a lutarem por mais recursos para educação, 
“Nada acontece de graça. Tudo precisa de investimento. É preciso que haja investimento para que as escolas acolham os estudantes de 2012 não como escolas de 1930”, disse Manuela, sob aplausos e gritos de aprovação dos jovens. 

O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, o último a falar na manifestação, que reuniu grande número de parlamentares, também manifestou apoio à reivindicação dos estudantes. Ele disse que apoia a luta dos estudantes porque a educação é essencial num projeto de desenvolvimento nacional para nosso país. 

E disse ainda que “os recursos do pré-sal deviam ser usados basicamente para educação e pesquisa, porque se juntam ai duas questões fundamentais: povo mais educado e base material mais avançada garantem nação moderna e com condições de levar adiante seus grandes projetos”. 

A manifestação, liderada pela União nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), coincidiu com a reunião da Comissão do Plano Nacional de Educação (PNE) para discussão do parecer do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR) ao Plano Nacional de Educação (PNE).

Para os parlamentares, como Chico Lopes (PCdoB-CE), Fátima Bezerra (PT-RN) ou ainda Ivan Valente (Psol-SP), a escola de hoje não corresponde ao Brasil que se desenvolve. E para haver acompanhamento do setor educacional ao desenvolvimento do país, é preciso que haja mais investimentos. 

Os deputados do PCdoB, como a líder da bancada, Luciana Santos (PE) e ainda Alice Portugal e Daniel Almeida, ambos da Bahia, e Assis Melo (RS) também se manifestaram em apoio á luta dos estudantes. E enfatizaram a importância da mobilização da juventude para garantir avanços para a educação no Brasil. Segundo eles, a reivindicação de mais recursos atende a necessidade de garantir qualidade para a educação, que vive um momento de ampliação de matrículas.

Projeto em discussão

No fim de abril, Vanhoni apresentou o segundo substitutivo ao texto enviado pelo Executivo em 2010. No texto, o deputado mantém a meta prevista em seu primeiro relatório - investimento público no setor de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) em até dez anos. 
O financiamento da educação é o ponto mais polêmico do PNE, que reúne metas para todas as etapas do ensino no País. Atualmente, União, estados e municípios aplicam, juntos, 5% do PIB na área. No texto original, o governo havia sugerido o aumento do índice de investimento direto para 7% em uma década, mas entidades da sociedade civil pedem pelo menos 10%.

Em seu primeiro relatório, apresentado em dezembro, Vanhoni já havia proposto a meta de 8% de investimento total. Esse índice inclui recursos de bolsas de estudo e financiamento estudantil, além da contribuição previdenciária dos professores da ativa.

A diferença entre o primeiro e o segundo relatório é que este prevê a fixação de duas metas distintas: 8% de investimento total e 7,5% de investimento direto. Para Vanhoni, os valores são suficientes para garantir “um salto de qualidade e atendimento à educação brasileira”.

O presidente da comissão, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), espera que o PNE seja votado até o final deste mês. Deputados da oposição ameaçam, no entanto, levar a proposta ao Plenário caso o relatório mantenha a meta total de 8% do PIB. 

O projeto tramita em caráter conclusivo e, depois de aprovado pela comissão especial, pode seguir diretamente para o Senado.

De Brasília
Márcia Xavier