quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Mais de 200 cursos têm vestibular cancelado pelo MEC


O Ministério da Educação (MEC) divulgou na erça-feira (18) que vai punir 207 cursos superiores e 185 instituições de ensino que, pela segunda vez seguida, tiveram baixo desempenho nas avaliações de qualidade.



O objetivo é vetar o ingresso de calouros e frear a expansão das faculdades. Os cursos são das áreas de exatas, licenciatura e de tecnologia. O MEC não divulgou os nomes de instituições e cursos. A lista será publicada no "Diário Oficial da União" a partir desta quarta (19).

A pasta também não divulgou o total de vagas que serão canceladas. Nos 207 cursos - todos de escolas particulares ou federais - estão matriculados 38,7 mil alunos, independentemente do ano.

Os cursos tiveram desempenho insatisfatório tanto em 2008 quanto em 2011 no Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador de qualidade das graduações, que leva em conta o  Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), a formação dos professores e a infraestrutura.

Além de cancelar os vestibulares em 2013, a decisão impede o ingresso de estudantes que, aprovados em seleções no final deste ano, ainda não fizeram a matrícula.

Até então, a proibição de novos alunos ocorria após longo processo administrativo, disse o secretário de Supervisão e Regulação do MEC, Jorge Messias. Na maioria dos casos, a punição era o corte de vagas, medida que poderia ser pouco efetiva: muitas eram ociosas.

"São medidas duras, mas necessárias, para não permitir que estudantes que (...) se sacrificam para estudar não tenham como retribuição um curso que realmente os prepare para a vida profissional", disse o ministro Aloizio Mercadante (Educação).

Esta é a primeira vez que um ciclo de avaliação dos cursos, cuja duração é de três anos, é fechado -o indicador foi criado em 2008. A política de cortes para cursos mal avaliados será permanente, diz o MEC.

Ao todo, 324 cursos tiveram notas 1 e 2 (insatisfatórias, numa escala até 5) em 2008 e 2011. Mas só 207 podem sofrer penalidades diretas do MEC, pois são de instituições particulares ou federais. Os demais são de faculdades estaduais e municipais e, assim, poderão ser punidos apenas por decisão de Estados e prefeituras.

"Vamos encaminhar [os dados] para as secretarias de Educação, esperando que eles acompanhem [as medidas do ministério] com o mesmo rigor", disse o ministro.

A pasta também aumentou o rigor sobre as instituições "repetentes". Das 1.772 escolas privadas e federais analisadas em 2011, 185 (10,44% do total) tiveram nota ruim, repetindo o desempenho de 2008.

Além de ter de adotar ações como plano de melhorias, elas perderão algumas prerrogativas. Estarão impedidas, por exemplo, de pedir abertura de novos campi ou polos.

Além disso, o número de matrículas de calouros ficará congelado, com base em dados de anos anteriores, em todos os cursos.

Fonte: Folha de S. Paulo

Em 10 anos matrículas de crianças saltam de 51,4% para 80%


Entre os anos 2000 e 2010, o número de crianças de quatro e cinco anos de idade matriculadas em escolas ou creches passou de 51,4% para 80,1%. No grupo de até três anos, a proporção subiu de 9,4% para 23,5%, segundo o Censo Demográfico 2010: Resultado da Amostra – Educação e Deslocamento, divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisadora do IBGE Vandeli dos Santos Guerra, houve progressos nessa área, mas a educação infantil ainda é a mais deficitária. “Já avançou bastante de 2000 para 2010. O nível de instrução está melhorando em todos os níveis, mas ainda tem muito o que avançar nessa parte da educação infantil.”
Na população de seis a 14 anos de idade, 96,7% estavam na escola. Na faixa etária de 15 a 17 anos, a proporção cai para 83,3%. A pesquisa indica também que o nível de escolarização de um modo geral tem melhorado no país. No grupo acima de 25 anos, idade considerada suficiente para conclusão da graduação, o número de pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto caiu de 64% em 2000 para 49,3% em 2010. Com ensino médio completo passou de 12,7% para 14,7% e a proporção de pessoas com ensino superior completo passou de 6,8% para 10,8%.

O IBGE pesquisou, pela primeira vez, o número de pessoas que cursavam uma segunda graduação. Dos 6,2 milhões de alunos que estavam na faculdade em 2010, quase 700 mil já tinham um curso superior concluído, o que corresponde a 10,8%. Desses, 196,5 mil (30,1%) tinham mais de 40 anos de idade.

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Senado adia para 2013 a votação do Plano Nacional de Educação


Após longa tramitação na Câmara dos Deputados, o projeto do novo Plano Nacional de Educação (PNE) parece fadado a sofrer novo atraso, desta vez no Senado. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) decidiu adiar para 2013 a apreciação do projeto em reunião nesta terça-feira (18), a última do ano.



A matéria estava na pauta da semana passada, mas teve seu exame adiado por pedido de vista coletiva depois da leitura do relatório do senador José Pimentel (PT-CE).

Enviado pelo Executivo à Câmara em 2010, o projeto do PNE previa, originalmente, a ampliação progressiva do investimento em educação até o mínimo de 7% do PIB. Após muito embate, os deputados aprovaram ampliação do investimento mínimo para 10%, em um prazo de dez anos. Essa alteração está sendo mantida por Pimentel em seu relatório.

A decisão de adiar a apreciação do projeto foi pedida pelo relator, alegando que mais de 30 novas emendas foram recebidas desde o dia anterior. Por isso, vai necessitar de mais tempo para avaliar as sugestões.

Meta adiada

O plano deveria ter sido colocado em prática desde 2011, o que deixou de ocorrer por causa da demora na análise do projeto pela Câmara. Se tudo seguisse como previsto, o percentual de 10% do PIB deveria ser atingido ao final de dez anos desde aquele momento, ou seja, até 2020. Agora, Pimentel sugere que o plano seja válido a partir do efetivo início de vigência da lei a ser aprovada.

Nesse caso, haverá ampliação automática do tempo para atendimento da meta final de 10% do PIB. Ainda há uma meta intermediária de 7% do PIB, que deve ser atingida no quinto ano de vigência do plano. Atualmente, o Brasil investe pouco mais de 5% do PIB em educação.

Depois de aprovado pela CAE, o projeto passará ainda pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pela Comissão de Educação (CE). Em seguida, a proposta passará pelo Plenário, antes do retorno à Câmara para exame de alterações que provavelmente serão feitas no texto pelos senadores. Depois do reexame, a matéria será encaminhada à sanção presidencial.

Fonte: Agência Senado









segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Fuvest divulga lista de convocados para a segunda fase


A Fuvest divulgou nesta segunda-feira, 17, a lista de aprovados (http://www.fuvest.br) para a segunda fase do vestibular 2013 e os locais de prova dessa etapa.
Os estudantes convocados farão mais três provas de caráter analítico-expositivo. No dia 6 de janeiro, eles deverão responder a 10 questões de português e fazer uma redação; no dia 7, a prova será constituída por 16 questões sobre as disciplinas do núcleo comum obrigatório do ensino médio; no dia 8, a prova terá 12 questões de duas ou três disciplinas (6 ou 4 de cada), de acordo com a carreira escolhida. Todas as provas terão 4 horas de duração.
De acordo com a Fuvest, foram convocados 31.182 vestibulandos, sendo 28.943 candidatos concorrentes e 2.239 treineiros. Os concorrentes disputam as 11.082 vagas oferecidas pela USP e pela Santa Casa, sendo que esta última oferece apenas 100 vagas.
Nota de corte
Mais uma vez, o curso de Medicina da USP foi o que apresentou a nota mínima mais elevada: 73. No ano passado, a nota de corte também havia sido de 73. Em segundo lugar, aparece Ciências Médicas, em Ribeirão Preto, que tem nota de corte de 71. Na sequência vêm Engenharia Aeronáutica, em São Carlos (66), Engenharia Civil, também em São Carlos (63), e Engenharia na Escola Politécnica (61).

Fonte: http://estadao.br.msn.com

domingo, 16 de dezembro de 2012

Fórum Nacional de Educação lança petição pública para 100% dos royalties do petróleo

O movimento estudantil e educacional estão mobilizados na luta por maiores investimentos para a educação. O Fórum Nacional de Educação lançou uma petição pública a favor da destinação dos 100% dos royalties do Petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a Educação.
10ª Nota Pública do Fórum Nacional de Educação


O Fórum Nacional de Educação, órgão de Estado e espaço inédito de interlocução entre a sociedade civil e os governos, instituído pela Portaria nº. 1407/2010, reivindicação histórica da comunidade educacional e resultado de deliberação da Conferência Nacional de Educação (Conae-2010), defende a necessidade da destinação de 100% das receitas com royalties do petróleo e da exploração mineral e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a manutenção e desenvolvimento do ensino, tendo em vista a garantia da efetivação do direito à educação e a necessidade urgente do país de estabelecer novas fontes para o adequado financiamento da educação pública.
Com esse objetivo, o pleno do Fórum Nacional de Educação, em sua reunião ordinária de 04/12/2012, deliberou e decidiu tornar público o seguinte:
1. O FNE, por todas as entidades que o integram, renova o compromisso com a aplicação de minimamente 10% (dez por cento) do PIB para a educação pública.
2. Compreende ser necessário o país encontrar fontes para o financiamento educacional, que assegurem o compromisso com a educação pública de qualidade, com a formação e remuneração digna dos profissionais da educação, além do disposto nas demais metas e estratégias previstas no Plano Nacional de Educação, que se encontra em tramitação no Senado Federal.
3. Solicita aos Governadores, Prefeitos, Deputados Estaduais e Vereadores que cerrem fileiras no sentido de requerer aos parlamentares do Congresso Nacional soluções urgentes para a efetiva realização da educação com qualidade para o conjunto da população brasileira.
4. Apela às diversas organizações da sociedade civil que concentrem esforços e se mobilizem em favor da garantia da educação pública e de qualidade para todos/as, defendendo a destinação da totalidade das receitas com royalties do petróleo e demais mineiras, além de 50% dos recursos do Fundo Social do pré-sal para a educação.
Fórum Nacional de Educação